O subprocurador-geral do Ministério Público
junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, protocolou uma representação solicitando que o TCU investigue a contratação de dois assessores no gabinete da deputada federal Erika Hilton. Embora registrados como secretários parlamentares, os dois profissionais são maquiadores de formação. A denúncia aponta possível desvio de finalidade e pede que, caso as irregularidades sejam comprovadas, haja o devido ressarcimento aos cofres públicos.
No dia anterior, deputados da oposição também haviam acionado a Procuradoria-Geral da República (PGR), acusando Erika Hilton de improbidade administrativa pelas mesmas contratações.
A deputada rebateu as acusações, alegando perseguição política. Segundo ela, os dois profissionais atuam como assessores parlamentares em funções diversas, como participação em comissões, produção de relatórios, acompanhamento de audiências e organização de agendas em Brasília, São Paulo, no interior e até fora do país.
Índy Montiel, um dos assessores, trabalha no gabinete desde dezembro de 2023 e recebe cerca de R$ 2.100 mensais. Ronaldo Hass foi nomeado em maio de 2024 e tem salário aproximado de R$ 9.678. A Câmara dos Deputados proíbe a contratação de servidores para atividades privadas dentro das dependências da Casa.
Erika afirmou que os dois foram contratados por demonstrarem habilidades em áreas como articulação política, produção de conteúdo e atendimento ao público. Ela ainda ressaltou que, mesmo que não atuassem como maquiadores, continuariam exercendo funções técnicas no gabinete.
A parlamentar considera que o caso tem motivação ideológica e é alimentado por setores conservadores que se opõem às pautas que ela defende.
Nenhum comentário:
Postar um comentário