O Departamento de Justiça dos Estados Unidos enviou uma carta ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, alertando que ordens judiciais brasileiras — como bloqueios de contas e solicitações de dados a plataformas digitais sediadas nos EUA — não têm validade automática no território americano.
A carta afirma que tais ordens só podem ser cumpridas se seguirem os canais legais internacionais apropriados, como tratados de cooperação jurídica. O documento também demonstra preocupação com a exigência de cumprimento direto por empresas americanas, sem a mediação do sistema judicial dos EUA.
O envio da carta ocorre em meio a pressões de parlamentares republicanos que acusam Moraes de censura e autoritarismo, especialmente por medidas tomadas contra perfis e conteúdos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A comunicação marca um ponto delicado nas relações entre os dois países, envolvendo soberania judicial e liberdade de expressão.
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